Visitas

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Esperança


E, nesse momento, comento comigo mesma "eu sei que disse que ia dormir, mas nao consegui". E não consegui mesmo. Deitada, me vi pegando a blusa que esteve comigo e, no deitar, senti-me pensando que de repente as coisas poderia mudar mesmo, e que ainda nao havia visto que, entre os espinhos, havia flores, nessa estrada chamada Solidão. Hoje vi a esperança, numa Esperança que não queria ver.

Tomo-me por perplexa. De modo que a observância das minhas muralhas e redes de proteção que se diminuem, por vezes me provoca um medo gelado e algo que me aperta, me faz pensar, me faz sonhar outra vez. Que mesmo pensando de quantas tolices e desencantos se formam um sonho e quantas dores nos doem no desfazer de sonhos, sonho acordada quando quero dormir e esquecer, e de tanto pensar em não pensar, pensar é só o que sei fazer. Como poderia deixar-me sonhar, se do outro lado da rua desconheço a calçada?

Hoje vi algo diferente, que tenho medo de ter criado pra mim mesma e ser apenas fruto de um querer-ser. Não penso nisso tudo como um dever-ser, mas, ah, como eu queria que fosse! Como eu queria permitir que se me mostrem flores nos olhos, mais do que as que já vi. Sinto baixar minha guarda. Ponho-me a postos, esqueço-me de que sou gente. Todos somos. E quando percebo que todos somos gente, afasto-me para depois não sonhar comm cinco minutos vividos e revivê-los todos os dias a fio.

Com tudo isso, perco a postura. Já não sou gelo, já não sou muro, já não existem exércitos de auto proteção.

E admitindo, ao menos uma vez, aquilo que não ouso a mim mesma, digo que não entendi porque o escutaria repetir a noite inteira, só para ouvir sua voz.

Desabafei. Agora faz de conta que eu nunca escrevi isso.

Abraço pra vcs!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Cura na Alma

Estou de volta a minha casa, ao meu lar, ao meu aconchego. Depois de passar um mês e meio fora, me surpreendi com receio de voltar. Descendo de Viçosa, meu coração estava infatilmente triste, nem sempre as coisas são como a gente quer! Hoje desabafo sobre cura interior e minha casa.

Viemos pra cá quando eu tinha 7 anos, a casa se conserva quase do mesmo jeito, a não ser pela cor das paredes e as mudanças nos trincos ou algumas portas. O resto...tudo igual, o mesmo cheiro, a mesma forma de o vento entrar na cozinha, a mesma quintura no último quarto... e foi aqui que cresci e vivi momentos bons e momentos ruins. Os momentos bons produzem vida, os ruins, porém, deixam marcas. Acontece que meu sentido de ofato, muito aguçado, faz com que as memórias sejam gravadas através dos cheiros. Foi aqui que tive minhas crises de infãncia, meus medos das bonecas; foi aqui que sonhei com Deus, sonhos que ainda não conseguia entender; foi aqui que fiquei depressiva no começo da minha adolescência, de tanto ver as coisas distorcidas da realidade; e foi daqui que sai para viver minha vida e foi para cá que voltei quando precisei voltar. E foi aqui que Deus começou a me ensinar a lutar.

Ano passado, quando surgiu a oportunidade de virmos morar aqui, pois a casa estava abandonada há 06 meses, eu fiquei muito mal. Eu disse "Deus,não me leva pra lá de novo. Tenho muitas lembranças ruins de lá, aqui estou tão bem"... Deus porém, permaneceu calado. Então viemos lavar a casa e, enquanto lavávamos as paredes, subiu um cheiro de chuva misturado com parede molhada que me despertou lembranças muito tristes...eu sai de lá para não chorar..e quando cheguei na sala o Espirito Santo falou muito claramento comigo dizendo "eu te trouxe aqui pra te curar". Entao eu entendi que a cura não ia acontecer, se Deus não mechesse na ferida. Deus curou Pedro, que outrora o havia negado e se culpava por isso, fazendo-o confessar seus amor por três vezes (esse trecho da Biblia é um dos que mais me emociona). Quando Deus vai nos sarar, dói. Deus queria me exaltar e do que adiantaria Ele me exaltar se não fosse no mesmo lugar e diante dos mesmos que me diminuiram? Não falo de pessoas, nossa luta não é contra carne nem contra sangue (Ef 6.12).

Eu vim, nós mesmos pintamos a paredes, emaçamos algumas coisas e terminamos sem pintar tudo. Foram dias cansativos. E foi aqui que Deus começou a trabalhar meu ministério, minha autoridade espiritual, minha vida de oração. Eu separei um quarto só para orações.

O que estou querendo compartilhar com vocês hoje é que a glória da segunda casa é maior que a da primeira, em Cristo (Ageu 2.3). Eu tenho visto Deus jogando fora as lembranças doloridas e colocando boas e felizes lembranças no lugar.
Aqui, depois que a Sara dorme, eu entro no quarto e vou louvar a Deus. Minha casa tem cheiro de solidão... e nessa solidão tenho percebido que Deus está comigo - ah, não estou mais só. O silêncio foi super importante para gastar tempo na presença de Deus, para escutar sua voz e crescer em Amor. Já pensou, se minha casa não tivesse cheiro de solidão, como e iria entender que Deus está comigo na minha solidão? A gente precisa chorar para ser consolado, quem não chora, não é consolado. A Biblia nos convida a chorar na presença de Deus e eu choro.As vezes de tristeza, outras de alegria, mas é maravilhoso perceber que em Cristo estou segura e que o Espirito Santo é meu Consolador.

Quem tem consolado você? As vezes você está aí,cheio de feridas na alma, preso a uma passado que já não exite... Não é isso que Deus tem para voce, por isso, em nome de Jesus, eu declaro cura divina sobre sua vida. Só Deus pode mudar seus traumas e lhe dar "óleo de alegria ao invés de pranto, vestes de louvor ao invés de espírito agunstiado a fim de que você se chame carvalho de justiça, plantado pelo Senhor, para a Sua glória(Is 61). Deus quer fazer: você precisa deixar.

Despeço-me com uma música da Fernanda Brum: cura-me
"Tanta amargura escondi O medo de não acertar Sonhos coloridos destruí Que eu não quero mais lembrar Não vou mais chorar Foi o que decidi Não vou mais sofrer Pra que viver assim Com imagens da infância, comecei a chorar Caí na caixa das lembranças Lembrei do Teu olhar Enchi meus olhos de esperança Comecei a cantar Entrei de vez naquela dança Pra nunca mais voltar Cura-me em minhas lembranças Cura o meu altar Cura-me, sou Tua criança Cura-me, cura-me, cura-me Cura-me, Senhor Jesus"

Estou com muita pressa... depois falo mais sobre cura.

Graça e paz, ao invés de medo e culpa!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Fim de férias



Está chegando ao fim os meus dias em Viçosa do Ceará, amanhã retorno a Sobral, retomo a minha rotinha, ao meu estágio, a minha vida de oração regular, a minha faculdade, a minha casa, aos meus projetos...enfim... a minha vida. Essas férias me fizeram muito bem, pois teve tempo pra tudo dentro de um mes: tempo de perceber o que era de Deus e o que não era, tempo de amar, tempo mudar as prioridades, tempo de conhecer gente nova, rever amigos há muito não vistos, tomar um rumo certo, me posicionar em Cristo, conhecer melhor quem gostaria de melhor conhecer. Mas sobretudo, essas férias me touxeram um tempo novo: um tempo de sonhar alto, ah... como eu tenho sonhado.

Por aqui os dias foram maravilhosos, as caminhadas de manhã até o AgroPet, churrus na praça, conversas e risadas. Eu só sinto falta de estar mais na presença de Deus, de gastar mais tempo com oraçao. Foi muito bom rever meu sobrinho amado, gargalhar com as loucuras da baba dele, conversar melhor com a Livia, leva a Sara pra brincar e esquecer um pouco de Sobral.

A faculdade começou, talvez semana que vem eu também comece a ter aulas de piano e tudo de vagarzinho vai se encaixando, vou voltar a dieta - esses dias aqui não foi possivel. E estou determinada em um propósito que só o Senhor conhece.

Eu agradeço muito a Deus por ter tirado algumas pessoas e acrescentado outras a minha vida, ao meu convivio, ao meu coração. Porque Ele tem usado de muita misericórdia pra comigo. Vou me concentrar na parte de mim que precisa de restauração, pois é de lá que Deus vai fazer grandes cosias. São muitos os projetos para o segundo semestre, porém, o maior projeto de todos é conseguir dar assistência a todas as pessoas que Deus me entrega, ter uma vida de oração mais profunda e conciliar trabalho em casa, vida de mãe, estágio, faculdade, música e oração. Parece muita coisa, mas Deus dá sabedoria para administrar o tempo.

Eu quero e preciso ter sonhos maiores, porque a gente só vive uma vez e tem que ser feliz! Não admito viver uma vida infeliz porque ja vivi assim 5 anos. Foi para liberdade que Cristo me libertou. Eu sou livre: livre do medo, da culpa, das prisoes que aprisionam o homem, livre de mim, porque Cristo me deu vitória na cruz e todas as maldições ficaram pregadas lá. Deus me comprou e te comprou por um alto preço. Sejamos felizies nEle que nos deu a vida.

que Jesus seja o guia dos projetos de todos vocês nesse semestre e nos vindouros.

um grande abraço!


Ps. na foto: Livia e eu. Sitio do Bosco.